KARL BARTH
DANIEL VICENTE[1]
danielvicente1984@gmail.com
[1] Vicente, Daniel. Mestrando
em teologia pela pontifícia universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Pós-
Graduado em Educação a Distancia com Ênfase em Formação de Tutores pela
Faculdade São Braz (FSB) Bacharel em Teologia pela Faculdade Cristã de Curitiba
(FCC).
KARL BARTH
Ele é um dos mais importantes teólogos da historia da igreja, colocado ao
lado de importantes ícones como Agostinho, Lutero e Calvino, dado a sua
importância para formação da igreja atual, Karl Barth nasceu em Basileia na suíça,
no dia 10 de Maio de 1886, filho de Fritz Barth um pastor que também era
professor do novo testamento e historia da igreja na universidade de Berna na Suíça,
aonde Karl também veio a estudar, ele também estudou em Berlin, Tübingen e Marburg, tendo recebido seu
bacharelado em 1909. Sua monografia foi sobre “O Descensus Christi ad inferos
nos três primeiros séculos”. Suas principais influências acadêmicas foram Adolf
von Harnack (1851-1930), Hermann Gunkel (1862-1932), Adolf Schlatter
(1862-1938) e Willhem Herrmann (1846-1922).
No inicio de seu ministério ele pastoreou uma pequena igreja em 1911 no
interior da Suíça, em Safenwill (a única igreja numa pequena cidade de 2.000
habitantes), no cantão da Aargau, onde ficou até 1921. Barth nessa cidade
começou a ver o sofrimento do povo e a analisar como sua teologia poderia agir
para com a situação de conflitos e problemas sócias, então se filiou a um
partido politico, e como nos conta Ferreira nesse período, de descoberta e
crise que ele formulou sua obra mais importante.
Barth percebeu que a
teologia liberal de nada serviu em sua tarefa de pregar ao povo de Safenwil. Durante
esses anos conheceu Eduard Thurneysen (1888-1977), pastor em Leutwil, um amigo
que o acompanharia por toda a vida. Em 1914, ele e Thurneysen resolveram buscar
uma resposta ao desafio da pregação. Durante quatro anos, Thurneysen estudou
Dostoievsky, e Barth estudou Kierkegaard. Nesta época, ganhou importância para
ele os escritos de Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino(1509-1564). Ele
também visitou o pregador pietista Christoph Blumhardt (1843-1919), na casa de retiro
espiritual de Bad-Boll, em Wurtemberg, e foi convencido de forma irresistível
da realidade da vitoriosa ressurreição de Cristo.
Como fruto desses
estudos, em 1919, Barth publicou a Carta aos Romanos [Der Römerbrief] – que teria
uma segunda edição totalmente reformulada em 1922.[1]
Dentre suas principais obras publicadas, ela é a que mais se destacou,
pelo impacto que ela teve frente à teologia liberal de seu tempo, ele também
nos fornece uma lista das demais obras escritas e publicadas por Karl Barth.
I/1
(A Palavra de Deus como critério para a dogmática, 1932) e I/2 (A revelação de
Deus, a Sagrada Escritura, o anúncio da Igreja, 1938): Contém os prolegômenos
da obra: a tarefa, o objeto, as bases, o método e os meios de conhecimento da
teologia em geral e da dogmática em particular. A estes seacrescentam os
capítulos fundamentais sobre a doutrina da Trindade (ponto de partida objetivo
de toda teologia), a doutrina do Espírito Santo e a doutrina da Escritura.18
II/1 (A obra da criação, 1940): O
conhecimento de Deus: possibilidades, limites; a realidade de Deus, seus
atributos: “as perfeições do amor divino” (que incluem graça e santidade, misericórdia
e retidão, paciência e sabedoria) e “as perfeições da liberdade divina” (que
incluem unidade [ou simplicitas Dei] e onipresença, constância e onipotência,
eternidade e glória).
II/2 (A eleição gratuita de Deus – O
mandamento de Deus, 1942): a doutrina da eleição gratuita de Deus e o
mandamento de Deus como o fundamento da ética cristã. Grande parte deste volume
é um comentário de Romanos 9 a 11.
III/1 (A obra da criação, 1945):
fundamentos da criação, relação entre o pacto e a criação. Todo o volume é uma
profunda e abrangente exegese de Gênesis 1 e 2.19
III/2 (A criatura, 1948): A doutrina
cristã do homem (antropologia teológica).
III/3 (O criador e a sua criatura,
1950): A providência de Deus, as potestades e os anjos.
III/4 (O mandamento do criador, 1951):
Problemas éticos em relação com o estado de criatura do homem; relação com a
criação animada, relações homem-mulher: casamento, pais e filhos, povo e
humanidade, respeito pela vida (suicídio, enfermidade, pena de morte, guerra),
trabalho, ofício, dignidade, honra, Dia do Senhor, etc.
IV/1 (O objeto e os problemas da
doutrina da reconciliação. Jesus Cristo, o Senhor como Servo,
1953): Jesus Cristo, o Filho de Deus,
juiz dos vivos e dos mortos, se humilha a si mesmo e se faz solidário com o homem
destinado ao juízo: o Senhor se faz escravo (ministério sacerdotal de Cristo);
por este ato se põe manifesto que o pecado é especialmente o orgulho, que faz
frente ao juízo de Deus que realiza a justificação do pecador; esta
justificação se traduz pela ação do Espírito Santo na vida dos homens pela
união deste com a Igreja e no surgimento da fé em cada cristão.
IV/2 (Jesus Cristo, o Servo como Senhor,
1955): Jesus Cristo é a reabilitação do homem caído, que ascende para a vida
com e para Deus; o escravo se torna Senhor (ministério real de Cristo); por
este ato se põe manifesto que o pecado é essencialmente a inércia ante a
Palavra de Deus e suas exigências; a obra de Deus prossegue na vida pela
santificação do pecador justificado; esta justificação se traduz na vida dos
homens pela edificação da Igreja e pela vida nova do cristão em amor.
IV/3 (Jesus Cristo, a verdadeira
testemunha, 1959): Jesus Cristo é o fiador e o testamento de nossa
reconciliação, em quem se manifesta em sua plena luz (ministério profético de
Cristo); assim, o pecado se revela como mentira, negação da verdade, rejeição
da Palavra; a obra de Deus no homem, a vitória do Espírito Santo sobre o
pecado-mentira, que se expressa na missão e no testemunho da Igreja, e na vida
do cristão em esperança.[2]
Em suma a teologia de Karl Barth foi principal ponto de referencia para a
teologia contemporânea, pois ela respondeu a liberalismo e fundou um novo tempo
na interpretação e na pratica da teologia mundial, ele rompeu com os aspectos
do racionalismo de seu tempo, e fez com que a teologia se convergisse numa
Práxis que dessa relevância a sua presença no mundo, ele fez com que todos os
pressuposto de um racionalismo teológico se destruísse em suas bases que eram
contrários a necessidade humana, ele foi perseguido em seu pais, proibido de
lecionar nas universidades, mais com tudo isso não ab-rogou da função de ser um
pastor que luta pela sua dignidade, de ser representante de Deus, e com a
função de mudar o seu contexto vivencial, o grande trunfo de Karl Barth foi
perceber a importância de seu tempo e fazer surgir, adaptar ou desenvolver uma
teologia que pode dar respostas as questões de seu tempo, com a eficácia
necessária deixar marcado na historia da teologia o testemunho de fé e pratica.
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