Apocalipse e Escatologia: Autor
Apocalipse e escatologia: Autor
O autor refere a si quatro vezes como "João" (Ap 1.1,4,9; 22.8). Era conhecido e sua autoridade espiritual era reconhecida que não precisou impor suas credenciais. A antiga tradição eclesiástica atribui unânime este livro ao apóstolo João. Evidências históricas e internas do livro indicam o apóstolo João como o autor. Irineu vê que Policarpo (Irineu conheceu a Policarpo e este ao Apóstolo João) referiu-se a João, 1 Que não acaba; perpétuo, imperecível, imperecedouro, eterno. escrevendo o Apocalipse perto do fim do reinado de Domiciano, Imperador romano (81-96 d.C.). O livro retrata as circunstâncias históricas do reinado de Domiciano, que exigiu aos seus súditos[5] que lhe chamassem de "Senhor e Deus". Sem dúvida, o decreto do Imperador estabeleceu um confronto entre os que dispunham a adorá-lo e os crentes fiéis que confessavam que somente Jesus era "Senhor e Deus". Destarte[6], o livro foi escrito num período em que os crentes enfrentavam intensa perseguição por causa de seu testemunho. A tribulação é demonstrada no contexto do livro de Apocalipse 1.19; 2.10,13; 7.1417;11.7; 12.11,17; 17.6; 18.24; 19.2; 20.4. Como o estudante já deve ter percebido, cremos que o escritor do Apocalipse é o mesmo João que escreveu o Quarto Evangelho e as Epístolas que levam o seu nome. Não vemos razão para duvidar disto. Confessamos que não há aqui tantos indícios que é aobra deum pobre pescador sem muita preparação acadêmica. Embora João não tenha estudado em Jerusalém com Gamaliel, como Paulo, contudo não devemos deduzir que João era iletrado como os componentes do Sinédrio diziam. Não se vestia como os estudantes ou discípulos de um reconhecido mestre da capital, de modo que, julgaram que ele só tinha a cultura ministrada pela escola rural da Galiléia. Para os orgulhosos cônsules, isto era ser "iletrado". João era "o discípulo que Jesus amava". O Evangelho e as suas Epístolas falam do amor como tema predileto. Um homem ideal para transmitir a revelação que o Senhor deu a ele em Patmos. A idéia que havia outro ancião chamado João que escreveu o Apocalipse parece-nos fantasiosa. Dizer que algum anônimo o fez e atribuiu ao apóstolo a fim de assegurar a sua aceitação é uma conjectura. Por que não crer na declaração do próprio livro? A lógica é aceitar que o autor é o mesmo apóstolo e, por conseguinte, crer também que ele foi inspirado, como afirmou. João não pretende que a obra seja produto da sua própria sabedoria. Afirma ter recebido a revelação de Jesus Cristo. Escreveu o que lhe foi ordenado. Temos aqui, portanto, a "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu... notificou ao seu servo João" (Ap 1.1). "E eu, João" (Ap 22.8). A referência histórica mais recente ao Apocalipse encontra-se nas obras de Justino Mártir (135 d.C.), por volta da metade do século II. Ele citou que foi escrito por João, apóstolo de Jesus Cristo (Diálogo com Trifon, pág. 81 - Citado por Tenny Interpreting Revelation, pág. 16). Irineu cita cinco passagens e declara que João foi o autor. Também, Pápias, Clemente de Alexandria, Teófilo de Antioquia, Pastor de Hermas, O Cânon Muratório, provando que nos fins do século II, o Apocalipse de João era aceito como livro apostólico, como parte legítima do cânon do NT. Os outros livros apocalípticos foram rejeitados. As igrejas orientais não aceitaram o Apocalipse no cânon até o quarto século, isto é, não todas as igrejas desde o princípio. Mas, a decisão final foi favorável ao Apocalipse e contra os escritos em estilo similar. Um mesmo autor pode usar estilos diferentes quando escreve. E é certo que a linguagem é a da época da Igreja Primitiva, pois não durou muito a influência do aramaico sobre ela. E há críticos que alegam que o grego do Apocalipse prova que ele foi escrito antes da queda de Jerusalém no ano 70.
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