Apocalipse e Escatologia. Propósito

Apocalipse e escatologia: O Propósito 
O Apocalipse tem por finalidade dar ao mundo uma última declaração divina de que Jesus é o Filho de Deus e há de triunfar sobre todo inimigo e será o Governador do Universo durante a eternidade. O Apocalipse anunciao últimoconvite escrito por inspiração divina, chamando aos pecadores a reconciliarem-se com Deus pormeio da fé em Jesus Cristo. A admoestação é feita às nações e seus reis: "Beijai o Filho" (SI 2.10-12). Neste convite de graça (Ap 22.17), há também o aviso da mais triste e irrevogável sentença: "Quanto,porém, aos covardes, incrédulos, abomináveis[2], assassinos, impuros, feiticeiros, idólatras e todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Ap 21.8). A escolha será: "Venha... receba de graça" (Ap 22.17) ou "será lançado para dentro do lago de fogo" (Ap 20.15). Na presença de Cristo não entra nenhuma cousa imunda, ou seja, é preciso lavar nossas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 22.14; 12.11; 7.9-17). Ficarão de fora os que têm prazer nos deleites carnais. Aos crentes, esta profecia tem um propósito duplo de admoestação e de alento. Repreende e anima, esquadrinha e exorta. Incentivando e estimulando a serem santos e ativos diante de Deus, gratos pela salvação e a bem-aventurada esperança. Não apóia a idéia errônea de que a salvação eternadas almas é determi pelas obras feitas pelo indivíduo. A sua relação com o Cordeiro de Deus é indispensável. ​A maneira de ​ensinar os cristãos é por meio dejuízos diretosrelacionados com as sete igrejas da Ásia; o Senhor Jesus Cristo elogiando ou censurando, os ensinamentos proféticos do futuro, findando com a descrição do Juízo Final e visão da Cidade Eterna, a Nova Jerusalém, com seu divino Rei. Todas as divisões do livro têm suas lições para o salvo hodierno[3]. Observando o que o Senhor Jesus Cristo elogia ou censura nas igrejas, notamos o que lhe agrada ou não. Reconhecendo a parte que teremos nos eventos celestiais como remidos, veremos que convém aprender agora a louvar ao Senhor Jesus e dar-lhe glória. Aqui mesmo nos entregamos à tarefa de aprender como viver devidamente na presença de Deus, sabendo que os Seus olhos vêem a todos os nossos atos. Desta forma saberemos viver naquela cidade onde não há necessidade de sol, lua ou lâmpada, pois a glória de Deus a ilumina (Ap 21.23). O Cristo, Juiz do capítulo 1, é o Cordeiro iluminador do capítulo 21! Quando habitarmos a Nova Jerusalém, teremos deixado para trás tudo o que é mau e indigno. O Espírito Santo nos revela o futuro neste livro, ao mesmo tempo Ele opera em nossas mentes produzindo os resultados que deseja. O cristão deve pensar que nessa ocasião ele é um santo preparado para habitar as mansões celestiais. Esta é outra prova da graça divina e que o Espírito Santo mora no crente. Outra maneira que este último livro da Bíblia ajuda o cristão é revelando minúcias acerca do futuro. Apresenta um panorama ou perspectiva dos eventos do fim da História que, de outro modo, o estudante da Palavra não teria. Embora ele faça uso de uma linguagem figurada e de símbolos, em sua maioria são explicados aqui mesmo e nas Escrituras Sagradas. Uma verdade de importância sem igual se destaca entre as coisas simbólicas e figuradas, impressionando a pessoa cada vez que lê o Apocalipse, é esta: Jesus Cristo é o Vencedor! Vencerá todos os inimigos! Levará o plano divino à sua apoteose[4] triunfante! A presença deste livro no cânon do Novo Testamento é justificada pela mensagem que anuncia. O Evangelho de João 14.1-3 diz que o Salvador prometeu aos Seus voltar para levá-los, a estarem com Ele no lugar que Ele mesmo prepararia. Exortou-lhes ter nEle a mesma fé que tinham em Deus, evitando a perturbação que estava sujeita. Nos últimos capítulos do Apocalipse, lemos sobre o lugar que o Redentor está preparando para os Seus. Que gloriosa cidade! Ler sobre a Nova Jerusalém é desejar alcançá-la. O mesmo autor diz que ainda não se manifestou o que nós, filhos de Deus, havemos de ser, mas sabemos que quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é (lJo 3.2). No Apocalipse, João descreve a maneira como Cristo há de manifestar em forma visível e gloriosa. Que satisfação deve ter sentido o apóstolo do Senhor ao receber esta revelação mais plena e ser comissionado a escrevê-la para torná-la conhecida das igrejas da Ásia Menor. Há outras declarações no Evangelho de João acerca do futuro e este livro propõe a ampliar. Exemplo: João 3.16 fala da maneira de receber a vida eterna, e não perecer. Que quer dizer essas frases? No Apocalipse há mais detalhes acerca desta vida perene ou perdição. João 11.25-26 ensina o mesmo acerca da ressurreição ou do arrebatamento, Paulo em I Tessalonicenses 4 e 5 confirma, e está de acordo com este último livro profético, isto é, que só os crentes terão parte na felicidade eterna. Também Cristo mencionou a Sua volta em João 14.28. Veja-se João 6.40,44,54. O aspecto mais amplo do futuro que é mencionado no Quarto Evangelho que ocupa a maior parte deste livro final é o juízo em relação a Jesus Cristo. É verdade que o Senhor não veio para condenar (ou julgar, que é a palavra original), mas para salvar o mundo (Jo 3.17). Ele disse em João 8.15: "Eu a ninguém julgo". Mas, diz em João 5.21- 22 e 26-29 que o Pai entregou ao Filho toda autoridade divina para julgar. Virá o tempo em que Ele chamará a juízo todos os seres humanos e separará os salvos dos condenados. Em João 8.26 o Senhor diz: "Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar". A maior parte do Apocalipse mostra Jesus Cristo entronizado e julgando os habitantes deste mundo. No primeiro sermão que fez na sinagoga de Nazaré, Jesus disse que havia vindo para "apregoar o ano aceitável do Senhor" citando Isaías 61.2 (Lc 4.19). E no Apocalipse vemos que chegou o tempo a que se refere o resto de Isaías 61.2 "o dia da vingança do nosso Deus". Em Amós 5.18-20 diz "Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Trevas será e não luz". Veja Sofonias 1. ​14; 2.2. Nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse o juízo começa com a casa de Deus (lPe 4.17-18). Mas, de Apocalipse 6.1 até 19.21 lemos sobre um juízo após outro, um castigo, uma praga, uma dor, uma pestilência, etc, cada vez mais severos, até que os homens busquem a morte, mas esta se distancia deles. Além disto, virá após o reino milenar, o tempo do juízo final, Cristo assentado sobre o Grande Trono Branco, todo o mundo diante dEle, para o juízo definitivo. Por esta razão o Apocalipse é chamado de livro de juízo, de vingança, de terror. Muitos não enxergam nele mais que castigos, pragas e têm idéia que Deus dará um fim à história humana, fazendo que todo o mundo sofra grandes penas. O evento descrito no capítulo 19 mostra os santos e os seres celestiais alegres ao ver o julgamento da grande prostituta dizendo: Aleluia... Verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou... O objetivo deste livro é dar ao mundo a mensagem divina de que o fim de todas as coisas se aproxima. As condições atuais não continuarão sempre assim. A paciência de Deus não durará eternamente. O dia do juízo é inevitável. O diabo e os seus perderão a batalha e sofrerão eterna perdição. Jesus Cristo gozará a vitória que obteve na cruz e com os Seus reinará eternamente. Está decidido, que é o Cordeiro e não a besta ou dragão que será coroado Vitorioso e Vencedor. A santidade dominará o Reino perene1, enquanto a maldade deixará de existir. Que propósito digno para este importante livro final! Aut

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